Galera, desculpe pelo atraso. Uma série de fatores complicaram meu tempo hábil para postagens.
(Mas claro que são apenas desculpas, pq qualquer madrugada poderia ser usada a fim de atualizar o blog. Dormir é para os fracos. heiaoheuaioheuo)
Mas vamos lá! Do que estávamos falando mesmo?...
Havíamos falado sobre a loucura, certo? Sobre a ordem do discurso, sobre Freud, sobre o conhecimento e sobre a busca da verdade.
Mas o que é a verdade? Sempre, na história da filosofia, os maiores pensadores (e os menores também, claro), se ocuparam em tentar entender e descobrir tudo sobre a verdade.
Podemos dizer que a verdade é a manifestação pura da realidade, ou seja, a identidade fundamental do universo. A verdade é livre de enganos, suspeitas e ilusões.
A verdade é como o pobre coitado desse cachorro... todo mundo acha que entende a verdade... e faz o que quer com ela... |
Aí veio Nietzsche e perguntou: Para quê e por quê a verdade?
Linda pergunta!
"E aí, manolo, mesmo que você consiga encontrar esse bagulho aí, chamado VERDADE, você vai fazer o quê com isso?"
Para Nietzsche, a busca pela realidade é uma tarefa quase impossível para o homem. Isso porquê nós usamos elementos criados por nós mesmos para tentar entender algo que está além do nosso alcance.
É a mesma coisa que tentar entender o comportamento de partículas sub-atômicas com uma lupa. Não adianta, a lupa só vai permitir que enxerguemos até um certo limite. Não dá para ver átomos com uma lupa.
Além do que, Nietzsche, assim como vários outros filósofos, defende a idéia de que a verdade é relativa.
Scully e Mulder, personagens da série "Arquivo X" - A verdade está la fora... *musiquinha de assovio de suspense* |
E como o platonismo foi uma das bases de fundamentação da igreja católica e islâmica na idade média, a noção de verdade vinculada à idéia de Deus e paraíso corroborou para a criação de muitos dogmas.
[dogma
(latim dogma, -atis, opinião, dogma, do grego dógma, -atos)
1. Ponto fundamental e indiscutível de uma crença religiosa.
2. Máxima, preceito.]Esses dogmas aparecem quando eu pego uma crença pessoal e transformo em verdade absoluta. Isso não acontece só com crenças religiosas. Muita gente por aí adora fazer isso. rsrs
Mas de uma maneira geral, podemos dizer que na idade média, a verdade era única e exclusivamente Deus.
Só que depois de algum tempo e de algumas revoluções, na chegada do iluminismo francês, nosso amigo René Descartes começou a difundir a idéia de verdade científica. Ele, com toda a sua matemática, discutia que a verdade (embora relacionada ainda com Deus) poderia ser encontrada através de uma sequência racional bem estruturada.
Vemos então, que mesmo a VERDADE, que deveria estar livre de todas essas disputas históricas de posse, sofre com a relatividade INERENTE ao homem.
Na Grécia antiga, a verdade era basicamente a natureza. De diferentes pontos de vista, claro, mas de modo geral, era a própria natureza das coisas. Na idade média, a verdade era a manifestação divina. Atualmente, a verdade é científica.
Coitada da verdade. Todo mundo a interpreta da maneira que quiser, e no fim, será que a conhecemos realmente?
Não percam, o próximo capítulo desta emocionante novela mexicana: EM BUSCA DA VERDADE.
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