terça-feira, 13 de setembro de 2011

Filosofia - Sobre a quinta aula, do dia 16/04

Aháaaaa! Eu disse que voltaria, não disse?
Galera, desculpe pelo atraso. Uma série de fatores complicaram meu tempo hábil para postagens.
(Mas claro que são apenas desculpas, pq qualquer madrugada poderia ser usada a fim de atualizar o blog. Dormir é para os fracos. heiaoheuaioheuo)

Mas vamos lá! Do que estávamos falando mesmo?...
Havíamos falado sobre a loucura, certo? Sobre a ordem do discurso, sobre Freud, sobre o conhecimento e sobre a busca da verdade.

Mas o que é a verdade? Sempre, na história da filosofia, os maiores pensadores (e os menores também, claro), se ocuparam em tentar entender e descobrir tudo sobre a verdade.
Podemos dizer que a verdade é a manifestação pura da realidade, ou seja, a identidade fundamental do universo. A verdade é livre de enganos, suspeitas e ilusões.

A verdade é como o pobre coitado
desse cachorro... todo mundo
acha que entende a verdade...
e faz o que quer com ela...
A verdade parece algo simples de se lidar, não é? Oras, o vento sopra, o sol de põe, tudo o que é vivo morre... e assim por diante. Mas não é tão fácil assim. Nós, humanos, sempre damos um jeito de colocar nosso ponto de vista sobre aquilo que estamos estudando, e isso é HORRÍVEL para a verdade. Nós, humanos, lutamos sempre contra nossa própria natureza para poder lidar com a verdade da maneira mais imparcial possível.

Aí veio Nietzsche e perguntou: Para quê e por quê a verdade?
Linda pergunta!
"E aí, manolo, mesmo que você consiga encontrar esse bagulho aí, chamado VERDADE, você vai fazer o quê com isso?"

Para Nietzsche, a busca pela realidade é uma tarefa quase impossível para o homem. Isso porquê nós usamos elementos criados por nós mesmos para tentar entender algo que está além do nosso alcance.
É a mesma coisa que tentar entender o comportamento de partículas sub-atômicas com uma lupa. Não adianta, a lupa só vai permitir que enxerguemos até um certo limite. Não dá para ver átomos com uma lupa.
Além do que, Nietzsche, assim como vários outros filósofos, defende a idéia de que a verdade é relativa.

Scully e Mulder, personagens
da série "Arquivo X"
- A verdade está la fora...
*musiquinha de assovio de
suspense*
Mas Platão diz o contrário! Platão diz: A verdade EXISTE e está em um mundo perfeito, IDEAL, fora da nossa realidade imperfeita.
E como o platonismo foi uma das bases de fundamentação da igreja católica e islâmica na idade média, a noção de verdade vinculada à idéia de Deus e paraíso corroborou para a criação de muitos dogmas.
[dogma 
(latim dogma, -atis, opinião, dogma, do grego dógma, -atos

s. m.
1. Ponto fundamental e indiscutível de uma crença religiosa.
2. Máxima, preceito.]
Esses dogmas aparecem quando eu pego uma crença pessoal e transformo em verdade absoluta. Isso não acontece só com crenças religiosas. Muita gente por aí adora fazer isso. rsrs
Mas de uma maneira geral, podemos dizer que na idade média, a verdade era única e exclusivamente Deus.

Só que depois de algum tempo e de algumas revoluções, na chegada do iluminismo francês, nosso amigo René Descartes começou a difundir a idéia de verdade científica. Ele, com toda a sua matemática, discutia que a verdade (embora relacionada ainda com Deus) poderia ser encontrada através de uma sequência racional bem estruturada.

Vemos então, que mesmo a VERDADE, que deveria estar livre de todas essas disputas históricas de posse, sofre com a relatividade INERENTE ao homem.
Na Grécia antiga, a verdade era basicamente a natureza. De diferentes pontos de vista, claro, mas de modo geral, era a própria natureza das coisas. Na idade média, a verdade era a manifestação divina. Atualmente, a verdade é científica.

Coitada da verdade. Todo mundo a interpreta da maneira que quiser, e no fim, será que a conhecemos realmente?

Não percam, o próximo capítulo desta emocionante novela mexicana: EM BUSCA DA VERDADE.

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